terça-feira, 2 de agosto de 2011

Sobre mitos

Foi, com efeito, pela admiração que os homens, assim hoje como no começo, foram levados a filosofar, sendo primeiramente abalados pelas dificuldades mais óbvias, e progredindo em seguida pouco a pouco até resolverem problemas maiores: por exemplo, as mudanças da Lua, as do Sol e dos astros e a gênese do Universo. Ora, quem duvida e se admira julga ignorar: por isso, também quem ama os mitos é, de certa maneira, filósofo, porque o mito resulta do maravilhoso.


Fonte
ARISTÓTELES. Metafísica: livro I e livro II. Tradução de Vinzenzo Cocco et alii. São Paulo: Abril Cultural, 1979. (Coleção Os Pensadores).

A água nas narrativas míticas

A água também tem uma posição importante nas narrativas míticas, seja na forma do Oceano, como um rio que circunda as terras e que corre para si mesmo, realizando um movimento circular eterno, mais próprio da divindade imortal do que dos movimentos múltiplos dos mortais; seja em sua vinculação a rituais gregos e sumérios, onde as águas representam uma das formas do além com que os homens devem entrar em contato.

Fonte
DETIENNE, M. Os mestres da verdade na Grécia arcaica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988, p. 26.